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PECADO DO ASFALTO EM PAIÇANDU

A escolha do material e espessura das camadas do pavimento devem considerar o tipo de utilização e a vida útil pretendida


O pavimento asfáltico é composto basicamente por cinco camadas: reforço do subleito, sub-base, base, camada de regularização e revestimento. A espessura de cada camada é definida com base no volume diário médio de veículos, tipo de solo existente, vida útil do projeto, tipos de veículos que irão circular e custo do investimento.

O primeiro passo é feito um estudo de nível, para acertar a altura da rua com a das casas. Em seguida, vêm à limpeza e terraplenagem do terreno. “Aqui já começa os problemas, em que não se respeita os níveis dos terrenos em relação à calçada da rua”. Às vezes por causa de 10 cm de altura os moradores ficam com um grande problema para o resto da vida, em que necessita fazer barreiras para conter a enxurrada da rua e também a escoação da agua de seu terreno quando de chuvas mais intensas, provocando inundação no terreno e causando transtornos e prejuízos com moveis etc.











Trata-se de um episódio absurdo, mas poucos paiçanduenses se dirão consternados por ele, um asfalto que deveria durar no mínimo 05 anos de garantia, hoje no seu primeiro mês ou nos seus primeiros anos de vida nova já se deve fazer reparos. Muito provavelmente, porque estes mesmos paiçanduenses se lembram das ultimas obras de asfalto novo ou de recapeamento de vias em nossa cidade, tão comemoradas por políticos locais, recapeamento as vezes que não duram 02 chuvas.

Diante deste cenário, em que nossas autoridades desejam que nós cidadãos comemoremos operações tapa-buracos – por si só um atestado de trabalho mal feito, seja no projeto se houver, na construção ou na manutenção - é de se perguntar por que em algumas cidades as ruas parecem ser de qualidade melhor e duram mais que as nossas.


Porque nossas ruas têm mais buracos e o recapeamento dessas vias urbanas não aguenta uma chuva.

“O buraco é um atestado de negligência. Começa assim: se o asfalto deformar mais que o limite calculado, se produz uma trinca, que é o primeiro câncer. Na primeira chuva, a água desce pela trinca. Ela enfraquece a estrutura que é de solo. Na próxima chuva, já se cria deformação. Na chuva seguinte, a água já entra pelas trincas e laterais não protegidas. No próximo ano, aquela deformação vira panela. E na próxima, cratera. E dá-lhe tapa buraco, réplica do tapa buraco e tréplica do tapa buraco. Falta a manutenção do nosso asfalto. Pode-se fazer um paralelo com dor de dente: tratou a cárie no começo não tem dor, não toma tempo, não fica caro e não perde o dente”.


Pavimento é para se pensar de 40 a 50 anos. Mas a conversa começa em pelo menos 20 anos. É só controlar a obra. Minha sugestão é colocar nas placas da obra a durabilidade prevista. Também por no edital: “se arrebentar antes, os responsáveis paga a conta”. Todo mundo vai tomar cuidado, desde que se diga “olha, a durabilidade é de 30 anos, se acontecer algo em 5, 10, 15, você vai pagar a conta.











O serviço de tapa-buracos – O serviço ideal para recompor o pavimento esburacado é recortar o asfalto com figura geométrica regular, como quadrado, e preencher com massa asfáltica quente (CBUQ). Raramente e/ou não é feito o recorte e ainda preenche com massa fria, que tem pouca duração e tende a desagregar rápido.

Acredito que temos pessoas de elevado nível técnico na prefeitura para atender a demanda. Muitas vezes, não é dinheiro: precisamos é de gente capacitada. Muitos estão errando e não sabem, as vezes por falta de conhecimento técnico. Isso é um grande entrave.






























Os técnicos da Administração Pública de Paiçandu deveria fazer uma fiscalização mais rigorosa e in loco de todas as ruas novas ou refeitas. Tem Rua no Parque Bela Vista que em seu primeiro mês de vida nova, já apresenta uma porcentagem muito grande de sua extensão esfarelada e inclusive com trechos em que não há mais revestimentos asfáltico e isso causa prejuízos e alguém vai pagar por isto, esperamos que não sejam nós contribuintes.
























Outras Ruas estão somente com o pó de pedra socados, mas devido à demora de se passar a massa asfáltica, as mesmas estão ficando com as pedras soltas, o que pode provocar acidentes devido à velocidade dos carros que trafegam nas mesmas, em que pode arremessar pedras contras as residências (vidraças) e/ou pessoas.













Outro problema que deveria ser solucionado antes do inicio de compactação da rua para execução do asfalto, seria os problemas de tubulação para boca de lobos para ligação na galeria de águas pluviais, que depois de pronto vem acontecendo recortes na compactação bem como na massa asfáltica, que pode tirar a resistência da base asfáltica.
























Nós paiçanduenses já ouvimos muitos moradores dar declarações sobre o que foi transcritos aqui, não tem nada surpreendentes, mas servem para constatar o óbvio: é hora de se exigir que as novas ruas sejam feitas com projetos técnicos realista, que estes sejam integralmente seguidos pelas construtoras e posteriormente checados pelo governo municipal, Acredito que hoje falhamos em todas essas etapas, e não por falta de capacidade, é certo que, a conta sai mais salgada no “modus operandi” atual do que se houvesse seriedade em todo o processo, e em relatos de alguns moradores, podemos citar a fiscalização da obra por políticos e não por profissionais capacitados.

Nós paiçanduenses conhecemos um pouco sobre pavimentação asfáltica, sabemos que temos um solo propicio, temos asfalto produzido na melhor qualidade, o que falta é talvez um pouco de vergonha, porque existem dois tipos de pavimentação: a da técnica correta e a politica. A politica é aquela antes das eleições, que tem vida útil de 02 ou 03 chuvas.

O que seria uma exigência mínima na questão visual

As ruas têm que ser lisa, não pode ter sinal de emenda entre uma faixa e outra. Por uma questão cultural, os fiscais e executores acham que aquele padrão está bom. Também não estamos acostumados a ver coisa de qualidade com o mesmo custo. Há pessoas que estão felizes (com novas ruas e recapeamentos) e nem sabem que, com o imposto que se paga, dá para fazer coisa muito melhor. O próprio operário não tem capricho de ver a coisa bem feita. Isso não quer dizer que já não foi pior.

Diante dos fatos é necessário juntar todas as forças que a cidade tem para melhorar a qualidade das pavimentações.

Pesquisa realizada de acordo com a entrevista ao A Cidade, o professor de engenharia da Unicamp e da Faculdade Moura Lacerda Creso Peixoto, especialista em pavimentação, cita problemas que vão desde a idade avançada do asfalto aos procedimentos de tapa-buraco.






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