Política do Pão e Circo. De onde vem a expressão?
- contatojubin
- 4 de jun. de 2017
- 3 min de leitura

A política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.
Podemos dizer que, infelizmente o povo sendo ignorante, o governo pode ludibriar com a falta de Saúde, falta de remédios, Instrução, Trabalho, Moradia, Alimento, falta de informações adequadas sobre projetos que afetam diretamente o povo etc..., com festejos, jogos de futebol, corridas, ciclismos, carnaval, shows de talento da cidade, shows com artistas e outras festividades ilusórias, distribuição de alimentos que não chegam para o mês todo.
Enquanto a atenção do povão é desviada para essas tolices ninguém percebe o problema grave que está passando.
Por que é tão famosa essa expressão?
É uma maneira de dar ao povo o que ele quer: Pão (alimento) circo (diversão) assim ele fica quietinho e não pede nada.
Portanto com comida e entretenimento, o povo não se interessa em assuntos políticos, permitindo que os grupos políticos mantem a política vigente de acordo com seus interesses, ou seja, usa apenas o cenário de coisas boas do Município, Estado ou União e a palavra “crise” no uso de sua RETÓRICA que é um artifício bastante usado nos discursos políticos, é um dos instrumentos centrais na argumentação. Uma maneira fundamental para convencer, persuadir e emocionar.

Qual a polêmica por trás do pão e circo?
Para alguns, políticas como distribuição de renda e acessibilidades aos meios de informação são consideradas manobras de manipulação da massa, como a política pão e circo. Para outros, é importante esse tipo de ação para possibilitar melhores condições de vida a quem necessita e maior acessibilidade à informação para a população.
Os dois pontos de vista têm seus argumentos, e podem ser justificados para aplicar determinados pontos, porém, tudo é questão de ponto de vista atualmente.
Com base em novas pesquisas de historiadores, percebeu-se que o pão e circo não era apenas uma técnica de manipulação, mas também a forma que algumas pessoas encontraram de ajudar os mais necessitados, como uma política assistencialista. De qualquer forma, o início dessa política acabou se distorcendo ao longo dos anos.

Alguns truques de retórica que políticos suspeitos usam para negar crimes
1 – O susto inicial
Assim que são acusados, a primeira reação é a de se mostrarem surpresos, incrédulos, como se não entendessem os motivos que levaram alguém a contar todas aquelas mentiras. Essa seria a atitude de uma pessoa inocente. Portanto, tendo culpa ou não, a reação será sempre a mesma. Alguns vociferam, outros demonstram tranquilidade, mas o objetivo é o mesmo – passar a imagem de inocente.
2 – Baixada a adrenalina
Superado o primeiro momento, quase sempre, o acusado procura desqualificar quem o acusou. Seja alguém com culpa comprovada, atuando como delator. Seja um adversário político, um órgão de imprensa. Seja uma autoridade responsável pelo caso, um juiz, um delegado, um promotor.
Como o acusador nem sempre é muito conhecido, a intenção do acusado é mostrar que ele não tem reputação, autoridade moral, competência, imparcialidade, ou passado ilibado. Portanto, não tem credibilidade, e suas palavras não devem ser consideradas.
3 – O momento do contra-ataque
Se os fatos forem contundentes, o próximo passo dos acusados é mostrar que são perseguidos por interesses políticos. Afirmam que suas ações contrariam posições adversárias, e por isso seus desafetos se valem de mentiras para atacá-los. Geralmente o nome dos algozes não é citado. Quanto menos identificado for o suposto grupo que o atacou, menores serão as chances de que sejam contestados.
4 – As estratégias legais
Para as táticas objetivas de defesa, algumas linhas são bastante conhecidas. Se as acusações não puderem ser provadas com fatos concretos (lembrando que corruptos quase nunca deixam rastros evidentes de seus crimes) e se basearem em hipóteses, a defesa é feita pela simples negação.
Ora, quando não há como provar, basta negar que o crime tenha existido, ou, pelo menos, cometido por ele. Alguns condenados no caso do mensalão, por exemplo, só foram presos porque os juízes entenderam que houve o “domínio do fato”. Mesmo não encontrando “recibo de culpa assinado”, o crime não poderia ter ocorrido sem o conhecimento e a participação do acusado.

E aí?
Você já viu alguma dessas reações em políticos que você conhece? O que acha que isto significa? Qual a sua avaliação sobre eles agora? Como você se sente em relação a eles? No Brasil não existem projetos políticos, existem sim, projetos de poder.